Comportamento
Conviver com gatos exige dedicação, mas os bichanos merecem
Gatos são animais encantadores. Essa é uma afirmação quase unânime entre seus “donos” (e muita atenção para as aspas!).
Com inúmeras habilidades e conhecido por sua independência, quem convive com gatos sabe que são amigos carinhosos, dóceis e se apegam muito aos seus guardiões.
Diferentemente dos cães, sua confiança e afeto precisam ser conquistados. Cada felino é único, e seus gestos e maneiras revelam muito sobre seu estado de espírito. Movimentos da cauda ou de orelha, miados, ronronados, são formas que os gatos usam para se comunicar entre si e também com seus donos.
Por exemplo:
• Cauda erguida sinaliza confiança e felicidade; baixa, insegurança e medo; ondulante, com vaivém rápido, demonstra estranhamento e irritação. Quando ela se movimenta de forma abrupta, com golpes, indica indecisão e concentração.
• Olhos semiabertos exprimem confiança, relaxamento e, naturalmente, sono; muito abertos, podem ser sinal de medo ou, às vezes, de que a iluminação está forte demais. Brilhantes, vivos, com piscadas constantes, são garantia de que a alegria paira no ar.
Atenção: alguns maus comportamentos podem estar associadas com stress e tédio, mas também sinalizar problemas de saúde. Se o gato estiver urinando em locais impróprios, apresentar comportamento agressivo ou sensibilidade exagerada em alguma parte do corpo pode ser sinal de que o médico veterinário deve ser procurado imediatamente.
Outros comportamentos dos bichanos podem ser minimizados ou controlados com atividades (ex. arranhadores, brinquedos especiais ou improvisados), semelhantes as que ele faria na natureza.
Reforço Positivo
O reforço positivo (+R) é um dos quadrantes do aprendizado. Envolve adicionar algo desejável para aumentar a probabilidade de um animal repetir um comportamento.
Deve ser combinado com um ‘reforçador condicionado’, que ajuda os animais a reconhecerem que gostamos do que eles fizeram. Trata-se de um marcador, como um som de clique, apito ou resposta verbal (“Bom!” ou “Isso!”), associado com um petisco*.
O som do “clique” (pode ser uma caneta, com ponta retrátil) seguido de uma recompensa reforça os comportamentos desejados, à medida que eles ocorrem. O petisco deve ser dado em pedaços pequenos, para que o pet possa comer rapidamente e se lembrar do que fez para obter a guloseima.
O treinamento deve ser curto, sessões de 5 a 10 minutos, e quando o pet estiver com fome. Você clica e, logo em seguida, oferece o petisco. 🙂