Animais no Entretenimento
Os animais que participam de “espetáculos” como circos, vaquejadas, farras do boi e rodeios sofrem agressões que não são de conhecimento do grande público. A aparente alegria e glamour destas festas esconde um lado desumano e cruel.
Muitas destas condutas configuram crime de maus tratos (Artigo 32 da Lei N° 9.605) e, ainda são proibidas por leis estaduais, como o uso de animais no circo, que é está banido de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba e Rio Grande do Sul. Esses eventos se sustentam por interesses políticos e financeiros, além de argumentos no mínimo duvidosos.
A ARCA Brasil já encabeçou campanhas e se mantém como constante fonte de informação, para esclarecer o caráter cruel destas “festas” e fornecer, assim, subsídios aos cidadãos que quiserem combatê-las em suas cidades.
Conheça o que se esconde por trás de cada um desses eventos:
Rodeios
Os bois, touros e cavalos expostos nas arenas são forçados a se comportar de maneira violenta e não natural. Enquanto o som alto e a multidão ajudam a aumentar o nível de estresse dos bichos, ferramentas de tortura são usadas para enfurecê-los nas competições, onde sua integridade física corre alto risco, o que pode até levá-lo à morte.
Segundo a Profa. Dra. Da USP, Irvênia Prada, “não ocorre apenas a ‘sensação’ de dor orgânica, como também o sofrimento mental, emocional, porque os animais se sentem ameaçados e perseguidos”.
Circos
Animais de circo são criados em espaços ínfimos, o que compromete sua saúde física e psicológica. Apanham constantemente e de diversas maneiras, com cabos de aço, madeiras, chicotes, porretes e até descargas elétricas durante o adestramento. Espécies mais ferozes são mutiladas – têm dentes e garras arrancados – para evitar ataques ou fugas e raramente recebem uma dieta adequada, com todos os nutrientes dos quais precisam. Tudo isso para que, no final, o circo tenha a sua apresentação assegurada.
Farra do boi
No litoral de Santa Catarina, “farra do boi” é sinônimo de terror e sofrimento para esses animais. Os seus promotores soltam um boi e o perseguem com paus e pedras com o objetivo de acuá-lo, evitando serem atingidos. É comum os animais serem deixados para morrer, devido aos ferimentos, ao final das “farras”.
Embora proibida em todo o estado e combatida pela polícia local, a prática continua a acontecer, muitas vezes financiada por políticos da região. Em 2009, Santa Catarina recebeu uma multa de 1 milhão por não combater as farras de forma efetiva.
Vaquejada
Nessa cruel competição, duplas de homens a cavalo perseguem e agarram pelo rabo um boi ou bezerro e, com um tranco, fazem com que ele caia bruscamente dentro de uma área delimitada. A violência é tanta que alguns bichos têm seus rabos quebrados, além das consequências da queda. Cerca de 1.000 vaquejadas acontecem por ano no país.
Rinhas
Outro aspecto cruel do uso de animais no entretenimento são as rinhas, uma forma de combate organizado pelo homem, de galos, canários e cães (principalmente os da raça pitbull). Essa hedionda atividade nada mais é do que um mero pretexto para fazer apostas, atividade ilícita no país.
Por configurar maus tratos, as rinhas com animais são proibidas em todo território nacional e acontecem apenas de forma ilegal, organizadas por quadrilhas, que muitas vezes também estão envolvidas com outros tipos de crime.
Animais na TV
Se você assistir casos de exposição ao ridículo, incentivo ao consumo irresponsável ou maus tratos aos animais, envie uma mensagem de repúdio para a emissora/programa e lembre-se de enviar uma cópia da mensagem para ARCA no e-mail [email protected]