Campanha Ensino sem dor

Eram relatos de cães e gatos mantidos em gaiolas minúsculas, sem atenção adequada ou mesmo alimentação.

Em julho de 1998, a ARCA levou as denúncias ao presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), que solicitou à entidade proposta para normatização do uso de animais no ensino, para que tivesse meios de punir os responsáveis.

Em 1999, a ARCA realizou, em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, o I Encontro Sobre Normas e Alternativas ao Uso Didático de Animais, onde foi lançada a campanha Ensino Sem Dor. O evento, desenvolvido contou com a presença de reitores, professores e alunos de faculdades de todo o país, e demonstrou que os métodos alternativos são tão ou mais eficazes que o uso de animais vivos. No mesmo ano, criou-se uma Moção em Favor da Criação de Comitês de Ética e Cuidado Animal.

Esses comitês, a partir de então, deveriam monitorar o uso de animais para finalidades de ensino, pesquisa, laboratórios, clínicas e hospitais veterinários, públicos ou privados. O II encontro aconteceu em 2000, durante o III Congresso do Bem-Estar Animal, também realizado pela ARCA Brasil.

A FMVZ – USP já aboliu o uso de animais vivos para o aprendizado de técnicas cirúrgicas. Após treinarem em cadáveres, os alunos realizam os procedimentos com a supervisão dos mestres. Nos EUA, mais de 70% das faculdades de Medicina não utilizam animais e na Inglaterra e Alemanha, nenhuma instituição utiliza animais nas aulas.

Estiveram presentes no encontro especialistas internacionais, como o Dr. Nedim Bukhimici (à direita na foto); ao lado, Marco Ciampi, presidente, e Rita Garcia, diretora da ARCA na época.

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